segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sempre!!!




porque não vou comemorar o Dia das Bruxas...

...porque bruxinha sou eu...
Depois de um fim de semana no Vale, de um jantar muito bom de arroz de lebre na Praia Fluvial da Benquerença com companhia excelente, deixo aqui uma nostalgia grande com estas três musicas!!!



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Arlindo de Carvalho - Cine Teatro de Castelo Branco

""Canções de uma Vida" foi o espectáculo que Arlindo de Carvalho levou ao Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, no dia 22 de Outubro, pelas 21H30.

Define este evento como "um espectáculo único e irrepetível", com o qual pretendeu brindar os albicastrenses, "por todo o apoio que sempre deram" à sua carreira."

Colégio da Cerdeira parte III




Actualidade

Colégio da Cerdeira II




COLÉGIO DA CERDEIRA – 2011
(80º aniversário da abertura do Colégio / 50º aniversário da minha entrada)



1962 a 1967(????)



memórias soltas em palavras

Dessa casa de pedras frias que aqueceram emoções
que tanta vez brotou em turbilhão à flor da pele...
Emoções sem as quais a vida não teria o mesmo sentido...
Porque ter passado pelo colégio
É sentir orgulho de ser Gente
Aquela... que é diferente!
(Lena Guerra)



Comemorar 80 anos da existência como Escola Cristã de uma instituição onde, para o mal e para o bem se entrou com 9 aninhos é motivo de orgulho! Fi-lo no fim de semana de 1 de Outubro de 2011. Comovente??? Não sei…doeu ter visto um Colégio (foi assim que se começou a chamar) já lá vão muitos anos. O “meu” colégio nada tem do que eu deixei…já não há Nicho com a imagem de Nª. Srª. em terracota. - já não existe o dormitório grande das meninas internas…nem o dormitório das cortinas tão ao nosso gosto…
O quarto da Irmã Ritinha…é hoje uma capela….as freiras dormem agora em quartos individuais com casa de banho privativa…evolução dos tempos…mas este colégio nada de diz…
Ficou a tília frondosa…o pátio onde tanto joguei à bola (mata) pareceu-me muito pequeno…o refeitório que eu achava ser de uma enormidade puf…pequeno…muito pequeno…ou seria eu que era muito pequena???
Como este Colégio já nada me diz…ficou a lembrança…uma lembrança de muitas e boas amizades, algumas que ainda hoje continuam!!!

Recordo os espaços… e o que neles se ia vivendo, à distância de meio século, consciente embora de que a memória nos atraiçoa… e muito! e é também uma amiga em quem não se pode confiar.

A porta duma casa antiga que se abre.

Num 1º andar, o dormitório grande (já não existe hoje…) – que os outros, mais pequenos e mais apetecíveis, eram para as mais velhas! – que escondia, por debaixo das inúmeras camas enfileiradas, pequenas bacias de plástico azuis, que à noite recebiam a água morna distribuída pela irmã Aurora ( para as lavagens mais íntimas, de luz apagada), e as colchas brancas nas camas que davam uma uniformidade engraçada ao dormitório.


No andar de baixo, integrada no edifício, a capela esperava-nos diariamente, cedinho de mais, para a missa matinal. Acolhedor o lugar (hoje bem mais larga a Capela, mais moderna, mas linda na mesma..)

Também no mesmo piso, talvez com acesso por duas ou três escadinhas, era o refeitório, que nos alimentava o corpo, mas fornecia também alguns nutrientes mais nobres: as refeições eram precedidas de uma oração e terminadas com outra.
Era nesse mesmo espaço que, uma vez por semana, nos eram distribuídas, divididas nós por grupos, as tarefas de limpeza em que colaborávamos e que só nos agradavam porque garantiam um tempo sem aulas em que estávamos juntas e conversávamos.

Num dos anos, eram minhas companheira de refeições as manas da Rapoula, mais novinhas que eu (eu era a chefe de mesa..) primas do Quim (dos Ameais)Fonseca que eu viria a namorar anos mais tarde.

Dando para o exterior, ao nível do chão, e fazendo esquina, integrada na casa antiga a que se acedia por outra porta de onde surgiam as professoras, estava a nossa sala de aulas, do 3º , 4º e 5º anos. Bem localizada, no conjunto.
Recordo as aulas, de Português e de Matemática, da irmã Ritinha, uma voz segura e sedutora – de quem eu não gostava – uma mulher dinâmica e com muito saber, responsável por todas nós e atenta a tudo o que se passava.
Havia também a D. Elisa – que não freira e me pôs a aprender todo o Inglês. O Francês e o grosso Bensabat, que condensava todas as regras gramaticais que tínhamos que conhecer foi-me dado a saber e a conhecer pela Irmã Pereira que tinha uma deficiência na voz (falava cioso, como nós dizíamos). Dizia-se que a irmã Ritinha, quando ia a Lisboa, despia a indumentária do quotidiano e parecia outra pessoa.
De vez em quando, entrava na sala uma irmã a chamar uma de nós. A irmã Ritinha queria um encontro a sós, ou “para tirar dúvidas”, após pedido, ou por outras que não seriam as melhores razões. Estavam geralmente envolvidos os segredos, as conversinhas de adolescentes, os caderninhos secretos – cuja capa ou página de rosto exibia a inicial ornamentada do nome da autora – que circulavam cheios de mensagens, às vezes também desenhadas e pintadas, onde se misturavam imaginação, sonhos e realidade, e que originavam comportamentos nem sempre considerados desejáveis.
Para a rebeldia que despontava na minha alma em desenvolvimento, assumiam tais chamadas uma forma de auto-afirmação e de autonomização, desafiando o estabelecido. O mesmo se passava quando, disfarçadamente, comunicávamos durante os tempos de estudo.

Quebrando também a rotina diária, aparecia na sala, uma vez por semana, a irmã Rosalina que simpaticamente nos preparava um banho de imersão. Chamava uma de cada vez e conduzia-a, por zonas habitualmente interditas, a uma casa de banho, nem sempre a mesma, algures escondida nos meandros labirínticos do edifício. E era saboroso!


Outro espaço não menos importante e que nos enchia de adrenalina era o do jogo do mata, um pátio enorme, sobre o comprido. Eu jogava particularmente bem. E admirava e muito o modo certeiro da Olívia e da Marina a “matar” ou apanhar aquela bola voadora. Até as freiras jogavam connosco.

Num dos lados desse pátio do recreio, subindo uma escada exterior, lateral, acedia-se ao salão, muito amplo, onde, além das aulas de Lavores dadas pela D. Irene – afinal havia outra professora e que também não era freira, nem era muito nova, que nos ensinava a bordar e me levou a fazer uns panos individuais que ainda conservo e hoje, não na altura, acho de muito bom gosto…
Não podíamos estar sentadas: cantávamos, dançávamos, andávamos à roda, gastávamos as últimas energias do dia. Aprendi sobretudo muitas cantigas populares portuguesas, que apreciava, assim cantadas em conjunto. Revejo aí a Elisa Costa Pinto, A Dulce Pascoal e a Fernanda Marcos. Uns anos mais novinhas, a Catarina Manso a Isaltina, a Clemência e a Cristina Rocha Rodrigues.

Quando, a partir da sala de aula, se saía para o exterior, encontrávamos um outro espaço aberto, também para os recreios. Aí passeávamos e, na hora do lanche, comíamos uma boa fatia de pão, particularmente gostosa quando o pão era fresco e vinha coberto com margarina ou marmelada

Aos domingos, e quando a família não aparecia para uma visita (quase nunca aparecia), mudávamos de contexto e o jogo do mata transferia-se para outro campo, fisicamente mais aberto – no caminho da Parada?! – após uma boa caminhada a pé.


A propósito da comunicação com o exterior, vêm-me à memória outras curiosidades que, olhando para trás, me fazem sorrir: havia controlo e lápis azul na correspondência, na que entrava e na que saía. Em relação à primeira, comecei a ter consciência de que deveria haver direitos invioláveis, também para os mais novos. Em relação à segunda, aprendi a adequar estratégias: as cartas eram levadas para o correio por uma amiga externa, a Leontina ou Teresinha Fontes.

Evoco finalmente a importância dos laços que nos uniam – para lá das batas-pretas-com-golinha-branca, todas iguais, ou dos vestidos-azuis-escuros-com-preguinhas-na-frente, todos iguais – e surgem-me também a minha querida Ana Bela (na carteira logo à entrada da sala, atrás da porta no meu primeiro ano de colégio e que 4 anos e dois meses depois saíu e foi para o Colégio de Vilar Formoso e de quem até hoje foi a minha AMIGA de SEMPRE - a Lélé, a Celeste Conde a Elisa a Dulce a Fernanda a Catarina e tantas outras entre tantos rostos sem nome. E zango-me às vezes com esta outra marca da idade, o esquecimento, que é indesligável da memória que me permite voltar a reviver, com ternura, o passado.

"Para terminar, dois apelos: que a memória nos permita, enquanto pudermos saborear os dias, continuar a reactualizar o passado, e que a vida nos surpreenda, pelo menos de vez em quando, com o prazer de bons reencontros"!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Bom fim de semana

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas

"Além do perfume fica a gentileza e a amizade de quem oferece.
Isto, se a sinceridade for tão verdadeira como as rosas que se têm entre as mãos, pois se ela não estiver lá, mais vale não oferecer nada, e ignorarem - se essas mãos"

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cada tiro cada melro!!!


Ahahahah!!!

Olá!!



Hoje sinto-me assim...pobre, mas com gostos caros!!!

Tradução do discurso de Passos Coelho

Fechem-se em casa.
Se tiverem a sorte de ter uma casa ou de conseguir pagar a renda de uma casa que nunca vai ser vossa.
Não se mexam para não gastarem energias que podem vir a precisar depois para trabalhar. Quanto mais se mexerem mais fome terão e sede. Evitem comer e beber, principalmente beber, porque vamos aumentar os impostos até sobre as bebede...ir
as. Nunca vão comer a restaurantes, nunca saiam para se divertir, nunca mas nunca vão de férias.
Saiam de casa apenas e só para ir trabalhar (de preferência vão a pé), sejam produtivos apesar de completamente desmotivados, esforcem-se por agradar aos patrões para não serem despedidos, ainda que vos peçam coisas que nada têm a ver com as vossas funções, ainda que vos maltratem, ainda que vos obriguem a trabalhar horas extra sem receber nada por isso, ainda que sejam explorados e estejam a recibos verdes (com patrão), ainda que sejam licenciados e estejam a receber o mesmo que um trabalhador sem formação, ainda que vos batam com um pau.
Aceitem tudo para não serem despedidos porque se vocês não quiserem há mais 100 ou 200 escravos prontos para fazerem o mesmo que vocês ou ainda mais por menos ordenado.
E os subsídios de desemprego... já se sabe, vão ser menores e por menos tempo... ninguém quer ir para o desemprego só porque não aceitou limpar os sapatos ao patrão com a língua, pois não? Portem-se com juízo, sejam cordeirinhos, aceitem tudo.
Não comprem música, arte, não vão a museus, não visitem exposições, não comprem livros, não vão passear pelo campo: tudo isso são gastos desnecessários, ninguém morre por não ter acesso à cultura.
Não comprem prendas de Natal, nem de aniversário, nem de nada. Toda a agente vai perceber porque eles próprios também não têm dinheiro para as comprar.
Não mimem os vossos filhos com um doce sequer, porque depois vão ter de ir ao dentista com eles e isso, já se sabe, vai-vos ficar caro.
Aliás, estamos todos proibidos de adoecer, de engravidar, de partir uma perna ou espirrar sequer. O Estado não tem orçamento para baixas médicas, subsídios de maternidade e ainda suportar as despesas de saúde das pessoas que decidiram que tinham de nascer em Portugal.
Que azar termos nascido em Portugal, daqui para a frente não devia de nascer mais ninguém em Portugal!
Ouviram casais jovens que pensam em ter filhos? Esqueçam isso, só vos vão dar mais despesas e preocupações... e se são daqueles que fumam (mais) por terem preocupações, esqueçam isso também: o imposto sobre o tabaco (que dá lucro ao Estado, mesmo depois de pagar todas as despesas com a saúde dos fumadores) também vai aumentar e quando virem o preço vão perceber porque é nos maços está a avisar que "fumar pode aumentar o risco de ataques cardíacos".
Finalmente se já forem velhinhos, se trabalharam toda a vida para sustentar este ser virtual e egocêntrico que se chama Estado, que tudo vos pede e nada vos dá, se a única alegria que têm na vida é ir nas excursões do turismo sénior (esqueçam, esqueçam o turismo sénior...) ou dar uma notita aos vossos netos no Natal para ver um sorriso a nascer de quem nasceu de vós, dêm graças ao Alzeimer porque só ele vos pode ajudar a esquecer a merda de país em que "escolhemos" nascer.
Até sempre

terça-feira, 18 de outubro de 2011

..esta está de morte!!!

Com uma azia....




Os sacrificios do dito cujo...

"Cavaco Silva foi aos Açores por 5 dias com a sua mulher e mais 30 pessoas,(pelo menos é este o número oficial dado a conhecer aos jornalistas, ou seja, que se quer passar aos portugueses).

Gostava que o senhor presidente explicasse a gente ignorante como eu, porque precisa levar consigo 12 agentes de segurança (que risco corre nas Ilhas portuguesas e pacatíssimas como são as dos Açores?).
O chefe da casa civil (mais a mulher), quatro assessores, dois consultores, o médico pessoal, uma enfermeira e cúmulo do ridículo, do supérfluo, do exagero e do fútil dois bagageiros, dois fotógrafos oficiais e
um mordomo como se nos Açores não houvesse ninguém para os, muito bem, receber.
Disse Cavaco à chegada ao arquipélago "-Ninguém está imune aos sacrifícios." E esta hein?. Digam lá que não parece o Frei Tomás...Podemos concluir então, que em tempo de vacas gordas a comitiva seria de dimensões mais provocadoras.....Na primeira página do jornal eu poria esta noticia Para não passar despercebida a nenhum membro da ditosa comitiva e principalmente da pessoa que a encabeça

O Silva das vacas!

Definitivamente eu não gosto deste homem, definitivamente me agrada tudo o que tendo a ver com ele, o caracteriza...paciência..não gosto e não gosto mesmo!!!

O Silva das vacas

Algumas das reminiscências da minha escola primária têm a ver com vacas. Porque a D.ª Albertina, a professora, uma mulher escalavrada e seca, mais mirrada que uva-passa, tinha um inexplicável fascínio por vacas. Primavera e vacas. De forma que, ora mandava fazer redacções sobre a primavera, ora se fixava na temática da vaca. A vaca era, assim, um assunto predilecto e de desenvolvimento obrigatório, o que, pela sua recorrência, se tornava insuportavelmente repetitivo. Um dia, o Zeca da Maria "gorda", farto de escrever que a vaca era um mamífero vertebrado, quadrúpede ruminante e muito amigo do homem a quem ajudava no trabalho e a quem fornecia leite e carne, blá, blá, blá, decidiu, num verdadeiro impulso de rebelião criativa, explicar a coisa de outra forma. E, se bem me lembro ainda, escreveu mais ou menos isto:

"A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita e duas à esquerda. A vaca é um animal cercado de pêlos por todos os lados, ao contrário da península que só não é cercada por um. O rabo da vaca não lhe serve para extrair o leite, mas para enxotar as moscas e espalhar a bosta. Na cabeça, a vaca tem dois cornos pequenos e lá dentro tem mioleira, que o meu pai diz que faz muito bem à inteligência e, por não comer mioleira, é que o padre é burro como um tamanco. Diz o meu pai e eu concordo, porque, na doutrina, me obriga a saber umas merdas de que não percebo nada como as bem-aventuranças. A vaca dá leite por fora e carne por dentro, embora agora as vacas já não façam tanta falta, porque foi descoberto o leite em pó. A vaca é um animal triste todo o ano, excepto no dia em que vai ao boi, disse-me o pai do Valdemar "pauzinho", que é dono do boi onde vão todas as vacas da freguesia. Um dia perguntei ao meu pai o que era isso da vaca ir ao boi e levei logo um estalo no focinho. O meu pai também diz que a mulher do regedor é uma vaca e eu também não entendi. Mas, escarmentado, já nem lhe perguntei se ela também ia ao boi."

Foi assim. Escusado será dizer que a D.ª Albertina, pouco dada a brincadeiras criativas, afinfou no pobre do Zeca um enxerto de porrada a sério. Mas acabou definitivamente com a vaca como tema de redacção.
Recordei-me desta história da D.ª Albertina e da vaca do Zeca da Maria "gorda", ao ler que Cavaco Silva, presidente da República desta vacaria indígena, em visita oficial ao Açores, saiu-se a certa altura com esta pérola vacum: "Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Este homem, que se deixou rodear, no governo, pelo que viria a ser a maior corja de gatunos que Portugal politicamente produziu; este homem, inculto e ignorante, cuja cabeça é comparada metaforicamente ao sexo dos anjos; este político manhoso que sentiu necessidade de afirmar publicamente que tem de nascer duas vezes quem seja mais honesto que ele; este "cagarola" que foi humilhado por João Jardim e ficou calado; este homem que, desgraçadamente, foi eleito presidente da República de Portugal, no momento em que a miséria e a fome grassam pelo país, em que o desemprego se torna incontrolável, em que os pobres são miseravelmente espoliados a cada dia que passa, este homem, dizia, não tem mais nada para nos mostrar senão o fascínio pelo "sorriso das vacas", satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Satisfeitíssimas, as vacas?! Logo agora, em tempos de inseminação artificial, em que as desgraçadas já nem sequer dispõem da felicidade de "ir ao boi", ao menos uma vez cada ano!
Noticiava há dias o Expresso que, há mais ou menos um ano e aquando de uma visita a uma exploração agrícola no âmbito do Roteiro da Juventude, Cavaco se confessou "surpreendidíssimo por ver que as vacas, umas atrás das outras, se encostavam ao robô e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante seis ou sete minutos, realizava a ordenha"! Como se fosse possível alguma vaca poder sentir-se deliciada ao passar seis ou sete minutos com um robô a espremer-lhe as tetas!!
Não sei se o fascínio de Cavaco por vacas terá ou não uma explicação freudiana. É possível. Porque este homem deve julgar-se o capataz de uma imensa vacaria, metáfora de um país chamado Portugal, onde há meia-dúzia de "vacas sagradas", essas sim com direito a atendimento personalizado pelo "boi", enquanto as outras são inexoravelmente "ordenhadas"! Sugadas sem piedade, até que das tetas não escorra mais nada e delas não reste senão peles penduradas, mirradas e sem proveito.
A este "Américo Tomás do século XXI" chamou um dia João Jardim, o "sr. Silva". Depreciativamente, conforme entendimento generalizado. Creio que não. Porque este homem deveria ser simplesmente "o Silva". O Silva das vacas. Presidente da República de Portugal. Desgraçadamente.
Algumas das reminiscências da minha escola primária têm a ver com vacas. Porque a D.ª Albertina, a professora, uma mulher escalavrada e seca, mais mirrada que uva-passa, tinha um inexplicável fascínio por vacas. Primavera e vacas. De forma que, ora mandava fazer redacções sobre a primavera, ora se fixava na temática da vaca. A vaca era, assim, um assunto predilecto e de desenvolvimento obrigatório, o que, pela sua recorrência, se tornava insuportavelmente repetitivo. Um dia, o Zeca da Maria "gorda", farto de escrever que a vaca era um mamífero vertebrado, quadrúpede ruminante e muito amigo do homem a quem ajudava no trabalho e a quem fornecia leite e carne, blá, blá, blá, decidiu, num verdadeiro impulso de rebelião criativa, explicar a coisa de outra forma. E, se bem me lembro ainda, escreveu mais ou menos isto:

"A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita e duas à esquerda. A vaca é um animal cercado de pêlos por todos os lados, ao contrário da península que só não é cercada por um. O rabo da vaca não lhe serve para extrair o leite, mas para enxotar as moscas e espalhar a bosta. Na cabeça, a vaca tem dois cornos pequenos e lá dentro tem mioleira, que o meu pai diz que faz muito bem à inteligência e, por não comer mioleira, é que o padre é burro como um tamanco. Diz o meu pai e eu concordo, porque, na doutrina, me obriga a saber umas merdas de que não percebo nada como as bem-aventuranças. A vaca dá leite por fora e carne por dentro, embora agora as vacas já não façam tanta falta, porque foi descoberto o leite em pó. A vaca é um animal triste todo o ano, excepto no dia em que vai ao boi, disse-me o pai do Valdemar "pauzinho", que é dono do boi onde vão todas as vacas da freguesia. Um dia perguntei ao meu pai o que era isso da vaca ir ao boi e levei logo um estalo no focinho. O meu pai também diz que a mulher do regedor é uma vaca e eu também não entendi. Mas, escarmentado, já nem lhe perguntei se ela também ia ao boi."

Foi assim. Escusado será dizer que a D.ª Albertina, pouco dada a brincadeiras criativas, afinfou no pobre do Zeca um enxerto de porrada a sério. Mas acabou definitivamente com a vaca como tema de redacção.
Recordei-me desta história da D.ª Albertina e da vaca do Zeca da Maria "gorda", ao ler que Cavaco Silva, presidente da República desta vacaria indígena, em visita oficial ao Açores, saiu-se a certa altura com esta pérola vacum: "Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Este homem, que se deixou rodear, no governo, pelo que viria a ser a maior corja de gatunos que Portugal politicamente produziu; este homem, inculto e ignorante, cuja cabeça é comparada metaforicamente ao sexo dos anjos; este político manhoso que sentiu necessidade de afirmar publicamente que tem de nascer duas vezes quem seja mais honesto que ele; este "cagarola" que foi humilhado por João Jardim e ficou calado; este homem que, desgraçadamente, foi eleito presidente da República de Portugal, no momento em que a miséria e a fome grassam pelo país, em que o desemprego se torna incontrolável, em que os pobres são miseravelmente espoliados a cada dia que passa, este homem, dizia, não tem mais nada para nos mostrar senão o fascínio pelo "sorriso das vacas", satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Satisfeitíssimas, as vacas?! Logo agora, em tempos de inseminação artificial, em que as desgraçadas já nem sequer dispõem da felicidade de "ir ao boi", ao menos uma vez cada ano!
Noticiava há dias o Expresso que, há mais ou menos um ano e aquando de uma visita a uma exploração agrícola no âmbito do Roteiro da Juventude, Cavaco se confessou "surpreendidíssimo por ver que as vacas, umas atrás das outras, se encostavam ao robô e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante seis ou sete minutos, realizava a ordenha"! Como se fosse possível alguma vaca poder sentir-se deliciada ao passar seis ou sete minutos com um robô a espremer-lhe as tetas!!
Não sei se o fascínio de Cavaco por vacas terá ou não uma explicação freudiana. É possível. Porque este homem deve julgar-se o capataz de uma imensa vacaria, metáfora de um país chamado Portugal, onde há meia-dúzia de "vacas sagradas", essas sim com direito a atendimento personalizado pelo "boi", enquanto as outras são inexoravelmente "ordenhadas"! Sugadas sem piedade, até que das tetas não escorra mais nada e delas não reste senão peles penduradas, mirradas e sem proveito.
A este "Américo Tomás do século XXI" chamou um dia João Jardim, o "sr. Silva". Depreciativamente, conforme entendimento generalizado. Creio que não. Porque este homem deveria ser simplesmente "o Silva". O Silva das vacas. Presidente da República de Portugal. Desgraçadamente.
Algumas das reminiscências da minha escola primária têm a ver com vacas. Porque a D.ª Albertina, a professora, uma mulher escalavrada e seca, mais mirrada que uva-passa, tinha um inexplicável fascínio por vacas. Primavera e vacas. De forma que, ora mandava fazer redacções sobre a primavera, ora se fixava na temática da vaca. A vaca era, assim, um assunto predilecto e de desenvolvimento obrigatório, o que, pela sua recorrência, se tornava insuportavelmente repetitivo. Um dia, o Zeca da Maria "gorda", farto de escrever que a vaca era um mamífero vertebrado, quadrúpede ruminante e muito amigo do homem a quem ajudava no trabalho e a quem fornecia leite e carne, blá, blá, blá, decidiu, num verdadeiro impulso de rebelião criativa, explicar a coisa de outra forma. E, se bem me lembro ainda, escreveu mais ou menos isto:

"A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita e duas à esquerda. A vaca é um animal cercado de pêlos por todos os lados, ao contrário da península que só não é cercada por um. O rabo da vaca não lhe serve para extrair o leite, mas para enxotar as moscas e espalhar a bosta. Na cabeça, a vaca tem dois cornos pequenos e lá dentro tem mioleira, que o meu pai diz que faz muito bem à inteligência e, por não comer mioleira, é que o padre é burro como um tamanco. Diz o meu pai e eu concordo, porque, na doutrina, me obriga a saber umas merdas de que não percebo nada como as bem-aventuranças. A vaca dá leite por fora e carne por dentro, embora agora as vacas já não façam tanta falta, porque foi descoberto o leite em pó. A vaca é um animal triste todo o ano, excepto no dia em que vai ao boi, disse-me o pai do Valdemar "pauzinho", que é dono do boi onde vão todas as vacas da freguesia. Um dia perguntei ao meu pai o que era isso da vaca ir ao boi e levei logo um estalo no focinho. O meu pai também diz que a mulher do regedor é uma vaca e eu também não entendi. Mas, escarmentado, já nem lhe perguntei se ela também ia ao boi."

Foi assim. Escusado será dizer que a D.ª Albertina, pouco dada a brincadeiras criativas, afinfou no pobre do Zeca um enxerto de porrada a sério. Mas acabou definitivamente com a vaca como tema de redacção.
Recordei-me desta história da D.ª Albertina e da vaca do Zeca da Maria "gorda", ao ler que Cavaco Silva, presidente da República desta vacaria indígena, em visita oficial ao Açores, saiu-se a certa altura com esta pérola vacum: "Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Este homem, que se deixou rodear, no governo, pelo que viria a ser a maior corja de gatunos que Portugal politicamente produziu; este homem, inculto e ignorante, cuja cabeça é comparada metaforicamente ao sexo dos anjos; este político manhoso que sentiu necessidade de afirmar publicamente que tem de nascer duas vezes quem seja mais honesto que ele; este "cagarola" que foi humilhado por João Jardim e ficou calado; este homem que, desgraçadamente, foi eleito presidente da República de Portugal, no momento em que a miséria e a fome grassam pelo país, em que o desemprego se torna incontrolável, em que os pobres são miseravelmente espoliados a cada dia que passa, este homem, dizia, não tem mais nada para nos mostrar senão o fascínio pelo "sorriso das vacas", satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante"! Satisfeitíssimas, as vacas?! Logo agora, em tempos de inseminação artificial, em que as desgraçadas já nem sequer dispõem da felicidade de "ir ao boi", ao menos uma vez cada ano!
Noticiava há dias o Expresso que, há mais ou menos um ano e aquando de uma visita a uma exploração agrícola no âmbito do Roteiro da Juventude, Cavaco se confessou "surpreendidíssimo por ver que as vacas, umas atrás das outras, se encostavam ao robô e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante seis ou sete minutos, realizava a ordenha"! Como se fosse possível alguma vaca poder sentir-se deliciada ao passar seis ou sete minutos com um robô a espremer-lhe as tetas!!
Não sei se o fascínio de Cavaco por vacas terá ou não uma explicação freudiana. É possível. Porque este homem deve julgar-se o capataz de uma imensa vacaria, metáfora de um país chamado Portugal, onde há meia-dúzia de "vacas sagradas", essas sim com direito a atendimento personalizado pelo "boi", enquanto as outras são inexoravelmente "ordenhadas"! Sugadas sem piedade, até que das tetas não escorra mais nada e delas não reste senão peles penduradas, mirradas e sem proveito.
A este "Américo Tomás do século XXI" chamou um dia João Jardim, o "sr. Silva". Depreciativamente, conforme entendimento generalizado. Creio que não. Porque este homem deveria ser simplesmente "o Silva". O Silva das vacas. Presidente da República de Portugal. Desgraçadamente.

"Luís Manuel Cunha in Jornal de Barcelos de 05 de Outubro de 2011"

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"Silver Surfers"

O erro de ID dez TA

Nós os "Silver Surfers" (pessoas mais velhas na Internet), às vezes,
temos problemas com nossos computadores.
Ontem tive um e chamei Joãozinho, um garoto de onze anos de idade
que mora aqui mesmo na porta ao lado e cujo quarto se parece com o
Mission Control e pedi-lhe para vir cá dar uma olhadela..
Ele clicou num par de teclas e logo resolveu o problema.
Quando ele estava a ir-se embora, chamei-o e perguntei-lhe: "Então,
qual era o problema? "
Ele respondeu: 'Foi um erro de ID dez TA". Eu não queria parecer
estúpido, mas ainda assim perguntei: 'Um erro de ID dez TA ? O que é
isso? Diz-me para o caso de vir a acontecer o mesmo. " Eric sorriu sarcástico...
- "Você nunca ouviu falar de um erro de ID dez TA ?"
- "Não ", respondi.
-"Escreva lá isso", disse ele, " eu acho que você vai descobrir."
Então, eu escrevi: IDI0TA

e por aqui me fico...


sábado, 15 de outubro de 2011

sei-te de cor...




...e uma ave voa a cada beijo teu...e eu não sei quem te perdeu...








...é de pedir aos céus, a mim a ti e a Deus...que eu quero ser feliz...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Para o meu Sporting!!!

Hoje acordei assim...




Hoje apenas me apetece postar isto....

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

???????????????????????'



Hoje são só insólitos!!!
Sinal de crise económica não é cobrarem as rodelas de limão da coca-cola

Ceci n'est pas un riche



Quando se trata de taxar grandes fortunas os analistas tornam-se filosóficos: mas o que é um rico?, perguntam.

O recente debate sobre política fiscal é tão interessante quanto intrincado. Pergunta-se: quem tem mais deve contribuir mais? Eis um daqueles dilemas de solução impossível. Tirando o sentido de justiça e o mais elementar bom senso, não há nada que nos ajude a tomar uma posição definitiva. Devem os ricos pagar mais impostos do que os outros? É uma questão complexa. Arrebanhar metade do 13.º mês acima do salário mínimo é incontroverso, mas quando se trata de taxar grandes fortunas os analistas tornam-se filosóficos: mas o que é um rico?, perguntam. Parece tratar-se de um conceito vago e populista, comentam, com admirável prudência intelectual. Fazia falta um destes analistas no versículo 24 do capítulo 19 do Evangelho segundo São Mateus. Quando Jesus dissesse que é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus, o analista havia de contrapor: "Mas, Senhor, o que raio é um rico? Abstende-vos de usar conceitos vagos e populistas." No entanto, Jesus Cristo, talvez por ser filho de quem é, pode dizer o que lhe apetece sem ser acusado de demagogia. Uma sorte que Jerónimo de Sousa não tem.

Na verdade, os analistas têm razão. A riqueza é um conceito vago. Tão vago que o homem mais rico de Portugal conseguiu dizer esta semana que não era rico. Ora, se o homem mais rico de Portugal não é rico, isso significa que em Portugal não há ricos, o que inviabiliza a criação de um imposto especial para eles. É impossível taxar quem não existe, como a direção-geral de impostos bem sabe - até porque já tentou.

Toda a gente conhece aquele poema do António Gedeão sobre Filipe II: o rei era riquíssimo (passe a imprecisão e o populismo) e tinha tudo. Ouro, prata, pedras preciosas. O que ele não tinha, diz o último verso, era um fecho éclair. Américo Amorim tem tudo, incluindo um fecho éclair. Talvez não tenha vergonha, mas também vem a calhar: nem criando um imposto sobre a vergonha o apanham.

Américo Amorim constitui, por isso, um mistério tanto para a fiscalidade como para a teologia. Sendo o homem mais rico de Portugal, talvez não entre no reino de Deus. No entanto, na qualidade de pobre de espírito, tem entrada garantida.


Ricardo Araújo Pereira
6:51 Quinta feira, 8 de Set de 2011

CRESPO AO FRESCO

Isto são os grandes honestos, defensores acérrimos da justiça e da liberdade, em PORTUGAL,
os que são contra os "boys", etc... etc...
(Telmo Vaz Pereira)

CRESPO AO FRESCO

Mário Crespo, 64 anos, jornalista da SICN e colunista do Expresso, foi convidado por Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, para o lugar de correspondente da RTP em Washington, vago há seis meses. Deste modo, Crespo voltará a desempenhar as funções que exerceu entre 1992-98. O convite está a gerar forte turbulência na RTP, uma vez que a estação estava a organizar um concurso interno para preenchimento da vaga, de acordo com os critérios estatutários:
1) É dada primazia a jornalistas do quadro da RTP interessados em trabalhar no estrangeiro.
2) A direcção de informação selecciona os candidatos.
3) Um júri avalia.
4) A administração avaliza a escolha final. Crespo nem sequer é do quadro: foi despedido da RTP há doze anos. Chama-se a isto, em linguagem plano inclinado, dar o pote aos boys. Este assessor de Relvas é que os topa.

Lembram-se do que Mário Crespo disse do Governo de Sócrates? Do que ele afirmou sobre as perseguições, intimidações, censuras e tentativas de interferência do poder político no jornalismo? Da t-shirt que levou à Assembleia da República para denunciar as malévolas intenções governamentais? Pois bem: o ministro Miguel Relvas atropelou a administração e a direcção de informação da RTP e convidou Mário Crespo para correspondente da estação pública em Washington. A RTP, não sei se estão recordados, é aquela estação que estava para ser privatizada, perdão, reavaliada. Sobre o convite, Crespo, cândido e enternecido, declarou: «É um lugar que me honraria muito nesta fase da minha carreira e para o qual me sinto habilitado». Curioso. Pensei que ia recusar com base numa alegada interferência do poder político no jornalismo, mas não. E na RTP, já agora, ninguém se demite? Confesso: cada vez tenho mais respeito por algumas meretrizes.
OH TELMO..... MAS AGORA SÂO OS FILHOS DELAS PÁ !ENTÃO O CRESPO TEM QUE RECEBER A RECOMPENSA, PÁ!

...e eu que gostava tanto de ti Mário...eu que adora o Plano Inclinado...Crespo, O
Ó Crespo!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ups!!!




Ups!!! e poupar energia eléctrica???

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

wadi mujib





Por aqui o meu coração andou durante 15 dias!!!
Isto é o Paraíso...isto é o Eden!!!

domingo, 9 de outubro de 2011

Numa tarde de Outubro , quente..que em vez de castanhas apetece fruta fresca...uma das minhas favoritas de todas as manhãs...>

sábado, 8 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Parte I do Colégio da Cerdeira

Sete anos de Pastor

Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia o pai, servia a ela,
e a ela só por prémio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se não a tivera merecida,

Começa de servir outros sete anos,
dizendo: Mais servira, se não fora
pera tão longo amor tão curta a vida!

(Luís de Camões)


...este foi um dos poemas que nos anos 60 eu declamei no Colégio - naquela altura era Escola Regional Feminina