sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

...e

A paltil de Janeilo pala sua maiol comodidade pague as fatulas da EDP num dos muitos milhales
de postos de coblança existentes no Pais .... A LOJA DO CHINÊS MAIS PLÓXIMA !!!!



... e para acabar o ano com um sorriso à Manuela Moura Guedes (que saudades...)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Paradoxo do tempo



"Nós bebemos demais, gastamos sem critério. Dirigimos
rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos
frequentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos
à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltámos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho. Conquistámos o espaço, mas
não o nosso próprio.

Fizémos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpámos o ar, mas poluímos a alma; dominámos o átomo,
mas não o nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos
menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar, e não a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais
informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos
comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande, de carácter pequeno; lucros acentuados e
relações vazias.

Esta é a era de dois empregos, vários divórcios, casas
chiques e lares despedaçados.

Esta é a era das viagens rápidas, fraldas e moral
descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das
pílulas 'mágicas'.

Um momento de muita coisa na vitrina e muito pouco na
dispensa.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas
não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo,
pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o)
e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...
se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

Não mais filmes destes...

...eu sei que é utopia, mas não mais filmes destes...



"Numa noite normal com o passado largado da memória, um homem reencontra, no lugar a que chama casa, lembranças de um tempo que viveu.

Fragmentos de pura felicidade e instantes de sublime partilha, surgem como apontamentos de esperança de um presente que não voltará a ser o mesmo."

Os meus votos para 2012


"Que todos aqueles que eu amo permaneçam saudáveis e felizes junto de mim!!!
Que eu tenha alegria de viver e energia suficiente para o ano que aí vem!!!
Que eu cresça espiritualmente!!!
Que eu sobreviva a este desenfreado ano de mudanças, de desafios, de objectivos (...)
Só um coração aberto recebe AMOR, só uma mente aberta recebe SABEDORIA, só mãos abertas recebem PRESENTES, e só mesmo pessoas especiais passam pela minha VIDA!!!


...postei esta mensagem há 3 anos!!!
parece-me que os votos continuam os mesmos...acrescento apenas três - será bom saber que continuo a poder contar contigo, será bom agradecer a DEUS ter os MEUS na minha companhia e será bom saber que em 2012 não volte a ter socos no "estômago".

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Made in China!!




...embora a época seja de Paz, Alegria, fraternidade etc..etc... eu não resisto a postar isto!!!

when a child is born - 'Hallelujah'




...a todos os que por aqui passaram durante este ano de 2011 um Bom Natal!!
...a todos os que irão passar em 2012...aqui estou de braços e peito abertos!!!
Sejam todos felizes...sejam todos alegres...sejam todos UM!!!
Mil beijos

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bom Natal!!



...para os mais pequeninos...

Olh' o gajo a dar o exemplo...eiaaaaaa!!!



SÓ LHE FALTA O CÉLEBRE GARRAFÃO, IMAGEM DE MARCA DOS TUGAS! UM BIDONVILLE ESTÁ À ESPERA DELE, QUE É PARA SABER O QUANTO CUSTA O EMIGRAR.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ahahah!!!

de morrer a rir ou morrer de chorar!!!!!!





...(....) ups!!!

Só um post destes para me rir!!!

Bem hajas!

...apesar de ainda muito triste, hoje estou particularmente feliz!!!
Foi bom, muuito bom!!!




" O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. "
( Fernando Pessoa
)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sócrates disse o óbvio



"As dívidas dos Estados são, por definição, eternas. As dívidas gerem-se." São eternas porque, ao contrário das pessoas, os Estados não morrem. Nunca nenhum País decidiu ficar com as suas dívidas a zero. A questão é sempre e apenas se pode continuar a pagá-las. Se os juros praticados são suportáveis e o seu crescimento económico permite cobrir os custos da dívida. E por isso são geridas. O que José Sócrates disse, para qualquer pessoa minimamente informada e que esteja de boa-fé nem merece debate. Não é matéria de opinião e ou de confronto ideológico.

No entanto, bastou o ex-primeiro-ministro afirmar uma ululante evidência para que se instalasse a indignação do costume. "Esta declaração do engenheiro José Sócrates explica porque é que afinal a bomba lhe rebentou nas mão e ele nos conduziu para a tragédia em que nos encontramos. Se as dividas não são para pagar e se foi isso que ele enteu dos estudos que fez de economia e finanças então está explicado porque ele não se preocupou que Portugal tivesse cada vez mais dívidas e não as pagasse." A frase é do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates, Freitas do Amaral, que teve simpatia pelo antigo regime antes do 25 de Abril, foi democrata depois dele, de direita quando a direita chegou ao poder, apoiante e governante do PS quando o PS ganhou as eleições e é agora entusiasta apoiante de Passos Coelho. Trata-se de um fenómeno que desafia as leis física: como pode alguém sem espinha dorsal manter-se de pé? Neste caso é fácil explicar a falta de honestidade intelectual. Noutros, é bem mais preocupante.

É fácil acreditar na ideia de que a nossa situação atual se deve a um homem. Mesmo que tudo nos demonstre o absurdo de tese. Sócrates não conseguiu, apesar de tudo, governar Portugal, a Grécia, a Irlanda, Itália e a Espanha em simultâneo. E mesmo os nossos problemas - dívida externa, desigualdade na distribuição de rendimentos, crescimento cronicamente baixo, desequilíbrio da balança de pagamentos, uma moeda demasiado forte, distorções no mercado de arrendamento, falta de competitividade da nossa produção, erros crassos no nosso modelo de desenvolvimento - não têm seis anos. Só que resumir tudo à dívida pública e a um homem dispensam-nos de qualquer reflexão mais profunda. Há um culpado e a coisa está feita. E tem outra utilidade: sendo a culpa do primeiro-ministro anterior só nos resta aceitar tudo o que seja decidido agora. Afinal de contas, Passos Coelho está apenas a resolver os problemas deixados pelo seu antecessor.

Sócrates foi, na minha opinião, logo depois de Cavaco Silva (que desperdiçou uma oportunidade histórica), o pior primeiro-ministro eleito da nossa democracia. Mas nem por isso dispenso a honestidade intelectual e o rigor na análise. Nem por isso aceito a estupidificação coletiva na interpretação de uma frase óbvia. Nem por isso aceito o simplismo político. Nem por isso resumo o debate à demonização de uma só pessoa. Que políticos ressabiados ou gente que se quer pôr em bicos de pés o façam - e não posso deixar de assinalar que Pedro Passos Coelho se recusou a entrar na gritaria e encerrou o assunto com um "acho que ninguém pode discordar" - não me espanta. Já acho mais perturbante que economistas e jornalistas de economia embarquem em tão rasteiro expediente argumentativo. Torna-se difícil dar crédito a qualquer opinião que emitam sobre qualquer outro assunto.

Escrevi-o antes das eleições em que o PS foi julgado pela democracia e escrevo-o de novo: se os problemas portugueses e europeus tivessem começado e acabado em José Sócrates bem mais fácil seria a nossa vida. E nem o confronto político desculpa a desonestidade intelectual da indignação que se instalou com a afirmação do óbvio.


...(sic)...tá dito e eu concordo!!!

Morreu uma das minhas Divas!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fica em Paz Rosarita!!!

Acabo de receber mais uma triste notícia..parece que elas não acabam...
Porque sempre gostei muito de ti Rosarita, porque me vais deixar muitas saudades, aqui ficam duas músicas que tu tanto gostavas!! Um dia, cantaremos juntas num espaço novo que hoje passou a ser o teu!!! Sempre que puder darei um olhito pelas tuas filhas. Tantas horas de conversa e confidencias que hoje terminaram...vais deixar muitas saudades a quem gostava tanto de ti!!!Fica em paz!!!




...Depois da neura, veio a tristeza profunda!!
Quero acreditar que seja coisa passageira...mas o meu coração está muito muito triste!!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

bobby macferrin







simplesmente divinal!!

o lodo de Portugal- Marinho Pinto

....este post eu tinha que colocar aqui...pelo conteúdo e porque, gosto muito do Marinho Pinto!!!

A Sra ministra da justiça envergonha-se do amor...
Publicado às 00.36

Depois de andar a acusar-me de lhe dirigir ataques pessoais, a sra. ministra da Justiça veio agora responder à denúncia que eu fiz de ter usado o cargo para favorecer o seu cunhado, Dr. João Correia. Diz ela que não tem cunhado nenhum e que isso até se pode demonstrar com uma certidão do registo civil. Já antes, com o mesmo fito, membros do seu gabinete haviam dito à imprensa que ela é divorciada.
Podia explicar as coisas recorrendo à explícita linguagem popular ou até à fria terminologia jurídica que têm termos bem rigorosos para caracterizar a situação. Vou fazê-lo, porém, com a linguagem própria dos meus princípios e convicções sem deslizar para os terrenos eticamente movediços em que a sra. ministra se refugia.
A base moral da família não está no casamento, seja enquanto sacramento ministrado por um sacerdote, seja enquanto contrato jurídico homologado por um funcionário público. A base moral da família está na força dos sentimentos que unem os seus membros. Está na intensidade dos afectos recíprocos que levam duas pessoas a darem as mãos para procurarem juntas a felicidade; que levam duas pessoas a estabelecerem entre si um pacto de vida comum, ou seja, uma comunhão de propósitos existenciais através da qual, juntos, se realizam como seres humanos. Através dessa comunhão elas buscam em conjunto a felicidade, partilhando os momentos mais marcantes das suas vidas, nomeadamente, as adversidades, as tristezas, as alegrias, os triunfos, os fracassos, os prazeres e, naturalmente, a sexualidade.
O casamento, quando existe, agrega tudo isso numa síntese institucional que, muitas vezes, já nada tem a ver com sentimentos, mas tão só com meras conveniências sociais, morais, económicas ou políticas. Por isso, para mim, cunhados são os irmãos das pessoas que, por força de afectos recíprocos, partilham entre si, de forma duradoura, dimensões relevantes das suas vidas.
É um gesto primário de oportunismo invocar a ausência do casamento para dissimular uma relação afectiva em que se partilham dimensões fundamentais da existência, unicamente porque não se tem coragem para assumir as consequências políticas de opções que permitiram que essa relação pessoal se misturasse com o exercício de funções de estado, chegando, inclusivamente, ao ponto de influenciar decisões de grande relevância política.
Tal como o crime de violência doméstica pode ocorrer entre não casados também não é necessário o casamento para haver nepotismo. Basta utilizarmos os cargos públicos para favorecermos as pessoas com quem temos relações afectivas ou os seus familiares. Aliás, é, justamente, aí que o nepotismo e o compadrio são mais perniciosos, quer porque são mais intensos os afectos que o podem propiciar (diminuindo as resistências morais do autor), quer porque pode ser mais facilmente dissimulado do que no casamento, pois raramente essas relações são conhecidas do público.
Aqui chegados reitero todas as acusações de nepotismo e favorecimento de familiares que fiz à Sra. Ministra da Justiça. Mas acuso-a também de tentar esconder uma relação afectiva, unicamente porque não tem coragem de assumir as consequências políticas de decisões que favoreceram o seu cunhado, ou seja o irmão da pessoa com quem ela estabeleceu essa relação. Acuso publicamente a Sra. Ministra de tentar tapar o sol com a peneira, procurando dissimular uma situação de nepotismo com a invocação de inexistência de casamento, ou seja, refugiando-se nos estereótipos de uma moralidade retrógrada e decadente.
A sra. ministra da Justiça tem o dever republicano de explicar ao país por que é que nomeou o seu cunhado, dr. João Correia, para tarefas no seu ministério, bem como cerca de 15 pessoas mais, todas da confiança exclusiva dele, nomeadamente, amigos, antigos colaboradores e sócios da sua sociedade de advogados. Isso não é uma questão da vida pessoal da Sra. Ministra. É uma questão de estado.Nota: Desorientada no labirinto das suas contradições, a sra. ministra da Justiça mandou o seu chefe de gabinete atacar-me publicamente, o que ele, obediente, logo fez, mas em termos, no mínimo, institucionalmente incorrectos. É óbvio que não respondo aos subalternos da sra. ministra, por muito que eles se ponham em bicos de pés.

O Dr. Marinho Pinto estava inspirado....

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Já sem neura!!!

Nem Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje....
O Sermão da montanha (versão para educadores)


Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele preparava-os para serem os educadores capazes de transmitir a Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:

- Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles...?

Pedro interrompeu-o:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci o meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai sair no teste?

João levantou a mão:
- Posso ir à casa de banho?

Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai contar pra nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandalhão à minha frente!

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não percebi nada, ninguém percebeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está a sua planificação e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:
- Fez uma planificação que inclua os temas transversais e as atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundo, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E veja lá se não vai reprovar alguém!

E foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes..."

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Porque hoje estou com uma grande neura...


...e porque a pior época do ano se aproxima...hoje estou assim...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ai..ai...ai...













...e o meu coração andou por lá...Palestina, Israel, Jordânia...apertadinho!!!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Fim de tarde com nevoeiro cerrado




...onde esta canção me leva...

Na Gare do Oriente!!!

Lindo!!! fascinante!







(....) deliciem-se!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eu tambem viv(o) e não gosto...

Já vivi nesse país e não gostei
Por Isabel do Carmo
Público, 2011-11-28

O primeiro-ministro anunciou que íamos empobrecer, com aquele desígnio de falar "verdade", que consiste na banalização do mal, para que nos resignemos mais suavemente. Ao lado, uma espécie de contabilista a nível nacional diz-nos, como é hábito nos contabilistas, que as contas são difíceis de perceber, mas que os números são crus. Os agiotas batem à porta e eles afinal até são amigos dos agiotas. Que não tivéssemos caído na asneira de empenhar os brincos, os anéis e as pulseiras para comprar a máquina de lavar alemã. E agora as jóias não valem nada. Mas o vendedor prometeu-nos que... Não interessa.

Vamos empobrecer. Já vivi num país assim. Um país onde os "remediados" só compravam fruta para as crianças e os pomares estavam rodeados de muros encimados por vidros de garrafa partidos, onde as crianças mais pobres se espetavam, se tentassem ir às árvores. Um país onde se ia ao talho comprar um bife que se pedia "mais tenrinho" para os mais pequenos, onde convinha que o peixe não cheirasse "a fénico". Não, não era a "alimentação mediterrânica", nos meios industriais e no interior isolado, era a sobrevivência.

Na terra onde nasci, os operários corticeiros, quando adoeciam ou deixavam de trabalhar vinham para a rua pedir esmola (como é que vão fazer agora os desempregados de "longa" duração, ou seja, ao fim de um ano e meio?). Nessa mesma terra deambulavam também pela rua os operários e operárias que o sempre branqueado Alfredo da Silva e seus descendentes punham na rua nos "balões" ("Olha, hoje houve um "balão" na Cuf, coitados!"). Nesse país, os pobres espreitavam pelos portões da quinta dos Patiño e de outros, para ver "como é que elas iam vestidas".

Nesse país morriam muitos recém-nascidos e muitas mães durante o parto e após o parto. Mas havia a "obra das Mães" e fazia-se anualmente "o berço" nos liceus femininos onde se colocavam camisinhas, casaquinhos e demais enxoval, com laçarotes, tules e rendas e o mais premiado e os outros eram entregues a famílias pobres bem-comportadas (o que incluía, é óbvio, casamento pela Igreja).

Na terra onde nasci e vivi, o hospital estava entregue à Misericórdia. Nesse, como em todos os das Misericórdias, o provedor decidia em absoluto os desígnios do hospital. Era um senhor rural e arcaico, vestido de samarra, evidentemente não médico, que escolhia no catálogo os aparelhos de fisioterapia, contratava as religiosas e os médicos, atendia os pedidos dos administrativos ("Ó senhor provedor, preciso de comprar sapatos para o meu filho"). As pessoas iam à "Caixa", que dependia do regime de trabalho (ainda hoje quase 40 anos depois muitos pensam que é assim), iam aos hospitais e pagavam de acordo com o escalão. E tudo dependia da Assistência. O nome diz tudo. Andavam desdentadas, os abcessos dentários transformavam-se em grandes massas destinadas a operação e a serem focos de septicemia, as listas de cirurgia eram arbitrárias. As enfermarias dos hospitais estavam cheias de doentes com cirroses provocadas por muito vinho e pouca proteína. E generalizadamente o vinho era barato e uma "boa zurrapa".

E todos por todo o lado pediam "um jeitinho", "um empenhozinho", "um padrinho", "depois dou-lhe qualquer coisinha", "olhe que no Natal não me esqueço de si" e procuravam "conhecer lá alguém".

Na província, alguns, poucos, tinham acesso às primeiras letras (e últimas) através de regentes escolares, que elas próprias só tinham a quarta classe. Também na província não havia livrarias (abençoadas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian), nem teatro, nem cinema.

Aos meninos e meninas dos poucos liceus (aquilo é que eram elites!) era recomendado não se darem com os das escolas técnicas. E a uma rapariga do liceu caía muito mal namorar alguém dessa outra casta. Para tratar uma mulher havia um léxico hierárquico: você, ó; tiazinha; senhora (Maria); dona; senhora dona e... supremo desígnio - Madame.

Os funcionários públicos eram tratados depreciativamente por "mangas-de-alpaca" porque usavam duas meias mangas com elásticos no punho e no cotovelo a proteger as mangas do casaco.

Eu vivi nesse país e não gostei. E com tudo isto, só falei de pobreza, não falei de ditadura. É que uma casa bem com a outra. A pobreza generalizada e prolongada necessita de ditadura. Seja em África, seja na América Latina dos anos 60 e 70 do século XX, seja na China, seja na Birmânia, seja em Portugal.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Neste Natal...


Neste Natal estamos de tanga!

Este ano não haverá presépio. Já é oficial:

A vaca está louca e não se segura nas patas;

A estrela polar apagou-se devido às restrições impostas pela troika

Os Reis Magos não podem vir porque os camelos foram para o governo;

A Nossa Senhora e o São José foram meter os papéis para o rendimento mínimo;

A ASAE fechou o estábulo por falta de condições;

O Tribunal de Menores ordenou a entrega do Menino ao pai biológico...

E até os 2 burros desapareceram: Um foi para Belém e o outro para São Bento.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Morreu Sócrates, um 'doutor' do futebol brasileiro



SÃO PAULO, 4 dez 2011 (AFP)

O ex-jogador de futebol Sócrates, que faleceu na madrugada deste domingo aos 57 anos, sempre se destacou por sua inteligência e liderança, tanto dentro como fora de campo, o que lhe valeu o respeito de seus companheiros e da exigente torcida brasileira.
Sócrates, que reconheceu recentemente ter uma lesão cirrótica no fígado provocada por sua dependência ao álcool, morreu devido a uma infecção intestinal, conforme informou o Hospital Albert Einstein de São Paulo, onde estava internado.
Irmão mais velho do também ex-jogador Raí, casado e pai de seis filhos, o ''doutor'' era um dos poucos jogadores da história do futebol brasileiro a contar com uma formação universitária, depois de ter se formado em medicina pela Universidade de São Paulo (USP).
Dono de um jogo ágil e efetivo, Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira imprimiu seu selo pessoal com passes de calcanhar que marcaram sua carreira desde que estreou em 1974 no Botafogo Futebol Club de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Pouco depois, o ex-meia passou para o Corinthians, onde encantou a torcida com seus 172 gols marcados entre 1978 e 1984 e levantou a copa de três campeonatos paulistas (1979, 1982 e 1983), convertendo-se num dos maiores ídolos da apaixonada torcida alvinegra.
No ''Timão'', Sócrates foi um dos fundadores da chamada ''Democracia Corinthiana'', um movimento que surgiu na década de 1980 e na qual todas as decisões do clube, como contratações, treinamentos e concentrações, eram tomadas através da votação de todos seu integrantes.
A iniciativa, que surgiu em plena ditadura militar brasileira (1964-1985), incluía inscrições nas camisas do clube de teor político como "eu quero votar para presidente".
Em 1985, com 30 anos, Sócrates foi vendido para o clube italiano da Fiorentina, onde jogou apenas uma temporada.
Um ano mais tarde, voltou ao Brasil para jogar pelo Flamengo, onde conquistou o campeonato carioca.
Nos anos seguintes, também defendeu a camisa do Santos e voltou ao Botafogo deRibeirão Preto, onde pendurou as chuteiras em 1989, aos 35 anos.
O mítico jogador atuou ao lado de nomes como Zico e Falcão e, inclusive, foi capitão da Seleção brasileira nos Mundiais da Espanha-1982 e México-1986.
Jogador inteligente e dotado de uma incrível técnica em campo, fora dos estádios se caracterizou por ter problemas com álcool, o que admitiu depois de ter recebido alta de sua primeira internação em agosto passado, depois de uma grave hemorragia digestiva.
"Tenho um ponto cirrótico. É uma lesão que não é tão grave, mas está localizada numa região sensível do fígado", declarou em entrevista à rede Globo, admitindo que a lesão foi causada pelo álcool.
"Quem bebe cotidianamente é alcoólico", admitiu.
Os problemas com a bebida no futebol brasileiro já cobraram a vida de outro grande ídolo: Garrincha, que morreu em 1983 por causa de uma cirrose hepática.


....podia ter tido outra morte?
...um dos meus ídolos...

sábado, 3 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

trimmm trimmm

trim...trim...trim...

Responde o atendedor de chamadas:

"Obrigado por ter ligado para o (Hospital) Júlio de Matos, a companhia mais
adequada aos seus momentos de maior loucura."

* Se é obsessivo-compulsivo, marque repetidamente o 1;

* Se é codependente, peça a alguém que marque o 2 por si;

* Se tem múltipla personalidade, marque o 3, 4, 5 e 6;

* Se é paranóico, nós sabemos quem é você, o que você faz e o que quer.
Aguarde em linha enquanto localizamos a sua chamada;

* Se sofre de alucinações, marque o 7 nesse telefone colorido gigante que
você, e só você, vê à sua direita;

* Se é esquizofrénico, oiça com atenção, e uma voz interior indicará o
número a marcar;

* Se é depressivo, não interessa que número marque. Nada o vai tirar dessa
sua lamentável situação;

* Mas, se VOCÊ votou PASSOS, não há solução, desligue e espere até 2013,
Aqui atendemos LOUCOS, não INGÉNUOS! Obrigado!