segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Desistir!!





"Podemos levar anos a guardar um amor, a conserva-lo, a alimenta-lo e, de súbito, sem esperarmos, a vida coloca-nos na posição de vermos esse amor noutro ângulo, que sempre lá esteve, mas nós nunca quisemos descortinar".

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

No tempo em que os coelhos tinham asas... (Portugal no seu melhor)

O que se ensina hoje, em Portugal!...coelhos feitos aves.

A nova geração que manda nos destinos da Sonae já não sabe o que são aves

Ainda Madiba!!

E esta hein? Hipocrisia pura deste … Para quem não se lembra, fica para a história:
Cavaco já enviou a sua mensagem de condolências pelo falecimento de Nelson Mandela em 1987…


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Rolihlahla Mandela - 1918-2013


Uma grande luz apagou-se em todo o Mundo - Descansa em paz Madiba!!

O homem das nossas vidas!





O poema favorito de Mandela- 'Invictus'- do poeta W.E.Henley:

It matters not how strait the gate
How charged with punishments the scroll
I am the master of my fate
I am the captain of my soul

(tradução livre):
Não importa quando as portas se fecham e perco o tino
Nem quando a vida me castiga e
perco a calma
Sou o mestre e senhor do meu destino
Eu sou o capitão da minha alma


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

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Boa semana!





Cha Caballero ( Baena , Córdoba , 1956)
Licenciatura em Filologia e professor de literatura numa escola pública.


Quando terminar a recessão, teremos perdido mais de 30 anos em direitos e salários...

Um belo dia em 2014, vamos acordar e nos anunciarão que a crise acabou. Correrão rios de tinta com escritos das nossas dores, comemorarão o fim do pesadelo, nos farão crer que o perigo já passou, mas, alertam que ainda há sinais de debilidade e que teremos de ter muito cuidado para evitar uma recaída. Conseguirão que respiremos aliviados, que celebremos o acontecimento, que deponhamos a atitude crítica contra os poderes e nos prometerão que, pouco a pouco, voltará a tranquilidade às nossas vidas.

Um belo dia em 2014, a crise terá terminado oficialmente e ficaremos com cara de estúpidos agradecidos, nos censurarão a nossa desconfiança darão por boas as politicas de ajuste e voltarão a dar corda ao carrossel da economia. Claro, a crise ecológica, a crise de repartição desigual, a crise da impossibilidade de crescimento infinito, permanecerão intactos, porém, essa ameaça nunca foi publicada ou difundida e os que de verdade dominam o mundo, terão posto um ponto final a esta crise estafada - metade realidade, metade ficção , cuja origem é difícil de decifrar, mas cujos objectivos eram claros e conclusivos : fazer-nos retroceder 30 anos nos direitos e salários.


Um belo dia em 2014, quando os salários forem mais baratos até aos limites terceiro mundistas, quando o trabalho for tão barato que deixe de ser o factor determinante do produto, quando tiverem ajoelhado todas as profissões, de modo que o conhecimento se encaixe numa folha de pagamento esquálido; quando tiverem treinado a juventude na arte de trabalhar quase de graça , quando tiverem uma reserva de milhões de pessoas desempregadas dispostas a serem polivalentes, móveis e moldáveis, para fugir ao inferno de desespero , então a crise terá terminado.

Um belo dia em 2014, quando os alunos que frequentam as salas de aula, se tenha conseguido reduzir o sistema educativo em 30% de estudantes sem deixar traço visível da façanha, quando a saúde se compre e não seja oferecida, quando o nosso estado de saúde se pareça com a nossa conta bancária, quando nos cobrarem por cada serviço, por cada direito, para cada prestação, onde as pensões sejam tardias e baixas, quando estivermos convencidos de que precisamos de um seguro privado para garantir as nossas vidas, então nos anunciarão que a crise terá terminado.

Um belo dia em 2014, quando tiverem conseguido nivelar por baixo toda a estrutura social, excepto a cúpula cuidadosamente colocado com segurança em cada sector, pisemos os charcos da escassez e sintamos o alento do medo nas nossas costas, quando estivermos cansados de nos confrontarmos uns aos outros e ter quebrado todas as pontes de solidariedade, então nos anunciarão que a crise terminou.

Nunca em tão pouco tempo se terá conseguido tanto. Cinco anos terão bastado para reduzir a cinzas os direitos que levaram séculos a conquistar e espalhar. Uma devastação tão brutal da paisagem social, só se tinha conseguido na Europa através da guerra. Embora, pensando bem, também neste caso, foi o inimigo que ditou as regras, a duração dos combates, a estratégia a seguir e as condições do armistício.

Por isso, não só me preocupa quando sairmos da crise, mas como sairemos dela. O seu grande triunfo será não só, ficarmos mais pobres e desiguais, mas também mais covardes e resignados e que sem estes últimos ingredientes o terreno que tão facilmente ganharam estaria novamente em disputa.

Neste momento andaram para trás o relógio da história e ganharam 30 anos nos seus interesses. Agora, são dados os últimos retoques no novo contexto social: um pouco mais de privatizações aqui, um pouco menos nos gastos públicos acolá e voilá : a sua obra está concluída. Quando o calendário marcar um qualquer dia do ano de 2014, as nossas vidas terão retrocedido aos finais dos anos setenta, decretarão o fim da crise e escutaremos no rádio as últimas condições da nossa rendição.




Paulo Gonzo e Ana Carolina - "Quem De Nós Dois"