sexta-feira, 31 de agosto de 2012

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” Quando pessoas erradas saem da nossa vida,

coisas certas acontecem. “

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Fim de tarde...

Também eu já me sentei algumas vezes às portas do crepúsculo, mas quero dizer-te que o meu comércio não é o da alma, há igrejas de sobra e ninguém te impede de entrar. Morre se quiseres por um deus ou pela pátria, isso é contigo; pode até acontecer que morras por qualquer coisa que te pertença, pois sempre pátrias e deuses foram propriedade apenas de alguns, mas não me peças a mim, que só conheço os caminhos da sede, que te mostre a direcção das nascentes.

Eugénio de Andrade.

Wonderful!!!


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A TRAPEIRA DO JOB

"Isto que eu vou dizer vai parecer ridículo a muita gente.
Mas houve um tempo em que as pessoas se lembravam, ainda, da época da infância, da primeira caneta de tinta-permanente, da primeira bicicleta, da idade adulta, das vezes em que se comia fora, do primeiro frigorífico e do primeiro televisor, do primeiro rádio, de quando tinham ido ao estrangeiro.
Houve um tempo em que, nos lares, se aproveitava para a refeição seguinte o sobejante da refeição anterior, em que, com ovos mexidos e a carne ou peixe restante, se fazia "roupa velha". Tempos em que as camisas iam a mudar o colarinho e os punhos do avesso, assim como os casacos, e se tingia a roupa usada, tempos em que se punham meias-solas com protectores. Tempos em que ao mudar-se de sala se apagava a luz, tempos em que se guardava o "fatinho de ver a Deus e à sua Joana".
E não era só no Portugal da mesquinhez salazarista. Na Inglaterra dos Lordes, na França dos Luíses, a regra era esta. Em 1945 passava-se fome na Europa, a guerra matara milhões e arrasara tudo quanto a selvajaria humana pode arrasar.
Houve tempos em que se produzia o que se comia e se exportava. Em que o País tinha uma frota de marinha mercante, fábricas, vinhas, searas.
Veio depois o admirável mundo novo do crédito. Os novos pais tinham como filhos uns pivetes tiranos, exigindo malcriadamente o último modelo de mil e um gadgets e seus consumíveis, porque os filhos dos outros também tinham. Pais que se enforcavam por carrões de brutal cilindrada para os encravarem no lodo do trânsito e mostrarem que tinham aquela extensão motorizada da sua potência genital. Passou a ser tempo de gente em que era questão de pedigree viver no condomínio fechado, e sobretudo dizê-lo, em que luxuosas revistas instigavam em couché os feios a serem bonitos, à conta de spas e de marcas, assim se visse a etiqueta, em que a beautiful people era o símbolo de status, como a língua nos cães para a sua raça.
Foram anos em que o Campo se tornou num imenso ressort de Turismo de Habitação, as cidades uma festa permanente, entre o coktail party e a rave. Houve quem pensasse até que um dia os Serviços seriam o único emprego futuro ou com futuro.
O país que produzia o que comíamos ficou para os labregos dos pais e primos parolos, de quem os citadinos se envergonhavam, salvo quando regressavam à cidade dos fins de semana com a mala do carro atulhada do que não lhes custara a cavar e às vezes nem obrigado.
O país que produzia o que se podia transaccionar, esse, ficou com o operariado da ferrugem, empacotados como gado em dormitórios, e que os víamos chegar mortos de sono logo à hora de acordarem, as casas verdadeiras bombas-relógio de raiva contida, descarregada nos cônjuges, nos filhos, na idiotização que a TV tornou negócio.
Sob o oásis dos edifícios em vidro, miragem de cristal, vivia o mundo subterrâneo de quantos aguentaram isto enquanto puderam, a sub-gente. Os intelectuais burgueses teorizavam, ganzados de alucinação, que o conceito de classes sociais tinha desaparecido. A teoria geral dos sistemas supunha que o real era apenas uma noção, a teoria da informação substituía os cavalos-força da maquinaria pelos megabytes de RAM da computação universal. Um dia os computadores tudo fariam, o Ser-Humano tornava-se um acidente no barro de um oleiro velho e tresloucado que, caído do Céu, morrera pregado a dois paus, e que julgava chamar-se Deus, confundindo-se com o seu filho e mais uma trinitária pomba.
Às tantas, os da cidade começaram a notar que não havia portugueses a servir à mesa, porque estávamos a importar brasileiros, que não havia portugueses nas obras, porque estávamos a importar negros e eslavos.
A chegada das lojas-dos-trezentos já era alarme de que se estava a viver de pexisbeque, mas a folia continuava. A essas sucedeu a vaga das lojas chinesas, porque já só havia para comprar «balato». Mas o festim prosseguia e à sexta-feira as filas de trânsito em Lisboa eram o caos e até ao dia quinze os táxis não tinham mãos a medir.
Fora disto, os ricos, os muito ricos, viram chegar os novos ricos. O ganhão alentejano viu sumir o velho latifundário absentista pelo novo turista absentista com o mesmo monte mais a piscina e seus amigos, intelectuais, claro, e sempre pela reforma agrária, e vai um uísque de malte, sempre ao lado do povo, e já leu o New Yorker?
A agiotagem financeira, essa, ululava. Viviam do tempo, exploravam o tempo, do tempo que só ao tal Deus pertencia, mas, esse, Nietzsche encontrara-o morto em Auschwitz. Veio o crédito ao consumo, a Conta-Ordenado, veio tudo quanto pudesse ser o ter sem pagar. Porque nenhum Banco quer que lhe devolvam o capital mutuado, quer é esticar ao máximo o lucro que esse capital rende.
Aguilhoando pela publicidade enganosa os bois que somos nós todos, os Bancos instigavam à compra, ao leasing, ao renting, ao seja como for desde que tenha e já, ao cartão, ao descoberto-autorizado.
Tudo quanto era vedeta deu a cara, sendo actor, as pernas, sendo futebolista, ou o que vocês sabem, sendo o que vocês adivinham, para aconselhar-nos a ir àquele Balcão bancário buscar dinheiro, vendermo-nos ao dinheiro, enforcarmo-nos na figueira infernal do dinheiro. Satanás ria. O Inferno começava na terra.
Claro que os da política do poder, que vivem no pau de sebo perpétuo do fazer arrear, puxando-os pelos fundilhos, quantos treparam para o poder, querem a canalha contente. E o circo do consumo, a palhaçada do crédito servia-os. Com isso comprávamos os plasmas mamutes onde eles vendiam à noite propaganda governamental e, nos intervalos, imbelicidades e telefofocadas, que entre a oligofrenia e a debilidade mental a diferença é nula. E, contentes, cretinamente contentinhos, os portugueses tinham como tema de conversa a telenovela da noite, o jogo de futebol do dia e da noite e os comentários políticos dos "analistas" que poupavam os nossos miolos de pensarem, pensando por nós.
Estamos nisto.
Este fim-de-semana a Grécia pode cair. Com ela a Europa.
Que interessa? O Império Romano já caiu também e o mundo não acabou. Nessa altura, em Bizâncio, discutia-se o sexo dos anjos. Talvez porque Deus se tivesse distraído com a questão teológica, talvez porque o Diabo tenha ganho aos dados a alma do pobre Job na sua trapeira. O Job que somos grande parte de nós."


por José António Barreiros


...este texto não é meu mas achei-o, embora longo muito bem escrito!

Maior área de mirtilo nasce em Idanha-a-Nova!!


...uau...quem sabe o meu futuro não seja isto???

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Alta Pusteria - Itália 2004

...num dos momentos mais bonitos da minha vida!!!
Os Dolomites como cenário de fundo, num arrepiante concerto!!!Memorável!!!



domingo, 26 de agosto de 2012

Boa noite

















...todas com uma história

sábado, 25 de agosto de 2012

...e no fundo do baú...






























do que eu me fui lembrar...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

..é forte!!!!



...e mai nada como se diz na minha terra!!!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sem comentários...é mesmo assim!!


Hoje apetece esta música...




...talvez porque a saudade invade o coração...talvez porque o regresso é sempre doloroso e cheio de promessas...não, nunca me esqueci de ti!!!
Foi bom ter visto o Carlos, o Amílcar o Fernando...as conversas que tivemos e do que nos fomos lembrar...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"Scott McKenzie - MORREU

"Scott McKenzie, o norte-americano que deu voz ao hino não-oficial de contra-cultura dos anos 1960 “San Francisco (Be Sure to Wear Flowers in Your Hair)”, morreu aos 73 anos"

Adorei!!!




...este timbre faz-me lembrar o de alguém!!! Adorei!!!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Boas férias!!! Setembro será outro mês!!!

"por onde quer que ande...
Deixe marcas de saudade!!"





quinta-feira, 9 de agosto de 2012

FERIAS!!!



...e uma ave...voa...a cada beijo teu!!!



Sem comentários!


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Nascia a 2 de agosto - Zeca Afonso!



2 de Agosto de 1929 - Nascia o mais amado dos revolucionários. José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos - Zeca Afonso




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O melhor Bife de Lisboa!!! Recomendo!


Café de São Bento

O Café São Bento foi reaberto em 2006, mantendo a decoração tradicional com predominância das madeiras e bibelots antigos. O ambiente mantém-se intimista, fugindo ao conceito tradicional do restaurante pois identifica-se mais com um pub. Sempre que quiser jantar fora tarde, este restaurante é uma boa opção, onde a especialidade são os bifes.

...bom, bom, bom!!

curiosamente quando entrei estava a tocar

Hoje, apetece ouvir!! - Bem hajas Luis Pedro! Bem haja Marta!!




...ontem foi um dia muito importante para mim!!!
Obrigada filho!! Obrigada Marta por o fazer feliz!!! Sejam felizes os dois!! Começo de uma vida a dois é gostoso!
Foi esta musica que me ficou depois de te ouvir dizer a revelação que tinhas!!
SEJAM FELIZES OS DOIS!!!